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Circundo-me

No desafio de varrer terreiros, levantar poeiras e inventar territórios de afetos, cento e três mulheres dispuseram seus artefatos poéticos, fazeres e ações na construção de um espaço único arquitetado para fazer parte de um todo. Células de sobrevivência artística, fala a representatividade.

Panos, cacos, flores, pedras. Gestos que riscam o chão de um espaço invetando. Experienciando o limite, o entorno, o tempo e as circunstâncias. Linhas visíveis e invisíveis demarcam e conquistam um raio de um metro e meio do mundo, marcando uma presença ativada de faíscas que nos alcançam.

Seriam esses os cabelos que ficam nas escovas que penteiam ao contrário? Os fios que tentam cerzir tramas esgarçadas por apagamentos, exclusão e preconceito?

Fortalezas se ergem e compõem um universo de pequenos mundos, parênteses no cotidiano afetado pelo momento em suspensão. Vazios ganham

Eloquência quando circundadas na aquisição deste sitio temporário Ninhos de acolhimento.

Biba Rigo

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